terça-feira, 15 de novembro de 2011

É.

Nem que a gente morra a pele refresca. O perfume está nas entranhas pra além de mim, nada desmente. Mundo frágil é o seu cheiro. Se espalha na minha língua, verso. Conto a brisa que cura, de onde o inesperado ofusca a malha do teu pêlo. Sorrindo pra mim, eu e você encostados naquela parede. Ensaios de ir, mas é vir, sentir. Sigo aqui as confissões suficientes para apagar a estrada feita no meu tapete, onde o branco é lembrado pelo meu pé vermelho. Vou, não nego. Necessariamente os fios de cabelo torcem a boca, e a expressão é um misto de fraqueza e verdade. Sendo muitos, sendo páginas, sendo lembranças. Dentro de cada som que ouço, asas em ti, mas em outras cores volto para mim sem me queixar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário